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Biografia de Patativa do AssarΓ©

Patativa do AssarΓ© (1909-2002) foi um poeta e repentista brasileiro, um dos principais representantes da arte popular nordestina do sΓ©culo XX. Com uma linguagem simples, porΓ©m poΓ©tica, retratava a vida sofrida e Γ‘rida do povo do sertΓ£o. Projetou-se nacionalmente com o poema "Triste Partida" em 1964, musicado e gravado por Luiz Gonzaga. Seus livros, traduzidos em vΓ‘rios idiomas, foram tema de estudos na Sorbonne, na cadeira de Literatura Popular Universal.

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O Apelido de Patativa do AssarΓ©

Descoberto pelo jornalista cearense JosΓ© Carvalho de Brito, Patativa publicou seus textos no jornal Correio do CearΓ‘. O apelido de Patativa surgiu porque suas poesias eram comparadas com a beleza do canto dessa ave nativa da Chapada do Araripe.
Com vinte anos, Patativa do Assaré começou a viajar por vÑrias cidades do Nordeste e diversas vezes se apresentou na RÑdio Araripe. Viajou para o ParÑ em companhia de um parente José Alexandre Montoril, que lÑ morava.
Patativa passou cinco meses cantando ao som da viola em companhia dos cantadores locais. Nessa Γ©poca, incorpora o AssarΓ© ao seu nome. Patativa do AssarΓ© que foi casado com D. Belinha, teve nove filhos.

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Últimos Anos

Ao completar 85 anos, Patativa do Assaré foi homenageado com o LP "Patativa do Assaré - 85 Anos de Poesia" (1994), com participação das duplas de repentistas Ivanildo Vila Nova e Geraldo AmÒncio e Otacílio Batista e Oliveira de Panelas.
Os livros de Patativa do AssarΓ© foram traduzidos em diversos idiomas e seus poemas tornaram-se temas de estudo na Sorbonne, na cadeira da Literatura Popular Universal, sob a regΓͺncia do Professor Raymond Cantel.
Patativa do AssarΓ©, sem audição e totalmente cego desde o final dos anos 90, faleceu em consequΓͺncia de falΓͺncia mΓΊltipla dos Γ³rgΓ£os, em sua casa em AssarΓ©, CearΓ‘, no dia 8 de julho de 2002.

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Ser nordestino

Sou o gibΓ£o do vaqueiro, sou cuscuz sou rapadura
Sou vida difΓ­cil e dura
Sou nordeste brasileiro
Sou cantador violeiro, sou alegria ao chover
Sou doutor sem saber ler, sou rico sem ser granfino
Quanto mais sou nordestino, mais tenho orgulho de ser
Da minha cabeça chata, do meu sotaque arrastado
Do nosso solo rachado, dessa gente maltratada
Quase sempre injustiçada, acostumada a sofrer
Mais mesmo nesse padecer eu sou feliz desde menino
Quanto mais sou nordestino, mais orgulho tenho de ser.

BrΓ‘ulio Bessa

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O Poder Das Plantas Na Cura das Doenças

Desde os tempos medievos
Nossos sΓ‘bios ancestrais
Quando surgia um problema
De doenças corporais
Seu mΓ©dico e sua farmΓ‘cia
Estavam na eficΓ‘cia
Das plantas medicinais.
A casca de certas Γ‘rvores,
A folhagem, as sementes
Trituradas, feito chΓ‘
Ou compondo emplastros quentes,
Quando uma doença aperta
Sendo na medida certa
Tem salvo muitos doentes
Pra misturar uma planta
Com outra planta, depende
Da pessoa conhecer
Donde uma e outra descende,
Isso aΓ­ requer cultura
Porque senΓ£o a mistura
Em vez de curar ofende.
Quando um Γ­ndio era atingido
Pela flecha duma besta
Ou a borduna acertava
O meio da sua testa
Pra curar o ferimento
Ia β€œver” medicamento
Na farmΓ‘cia da floresta.
β€œTodos” os medicamentos
Que o homem fabrica agora
Com nomes complicadΓ­ssimos
Bela embalagem por fora
E preços proibitivos
TΓͺm seus princΓ­pios ativos
Nos atributos da flora.

Manoel Monteiro

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Sou Cabra da Peste

Eu sou de uma terra que o povo padece
Mas nΓ£o esmorece e procura vencer.
Da terra querida, que a linda cabocla
De riso na boca zomba no sofrer
NΓ£o nego meu sangue, nΓ£o nego meu nome
Olho para a fome, pergunto o que hΓ‘?
Eu sou brasileiro, filho do Nordeste,
Sou cabra da Peste, sou do CearΓ‘.

Patativa do AssarΓ©

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2024/09/30 12:34:35
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