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Pavel Durov, fundador do Telegram, compareceu ao tribunal francês, onde se defendeu das acusações de cumplicidade em atividades criminosas facilitadas pela plataforma. Ele afirmou que "o Telegram não foi criado para criminosos" e garantiu que reforçará os procedimentos de moderação de conteúdo.
A plataforma, segundo Durov, remove entre 15 e 20 milhões de contas mensalmente por violarem as regras, e colabora com autoridades e organizações contra a exploração infantil, removendo conteúdo pedocriminal no mesmo dia em que é identificado.
No entanto, juízes franceses apontaram o aumento no uso do Telegram para fins ilícitos. Entre janeiro e maio de 2024, 535 processos criminais foram iniciados na França envolvendo o aplicativo, em comparação com 808 casos ao longo de todo o ano de 2023.
O recurso "Pessoas Próximas", que permite localizar usuários por proximidade, foi apontado como um facilitador de crimes como tráfico de drogas e proxenetismo. Em resposta, essa função foi desativada após a prisão de Durov. Ele destacou, no entanto, que o recurso tem fins legítimos e positivos na maioria das regiões onde é utilizado.
Embora Durov tenha destacado que o Telegram enfrenta desafios semelhantes aos de outras plataformas, ele reconheceu que só tomou plena consciência da gravidade das acusações após sua detenção.
