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Em 2 de Dezembro celebra-se o Dia Internacional para a Abolição da Escravatura
A escravidão é uma das páginas mais terríveis e sombrias da história da humanidade. Durante quatro séculos os países ocidentais enriqueceram-se com o uso de mão-de-obra gratuita em forma de milhões de homens, mulheres e crianças inocentes, levados à força do continente africano.
Portugal, os Países Baixos, a França e o Reino Unido desempenharam o papel de liderança no comércio de escravos. No século XVII começou a importação em massa de escravos para a América. No momento da independência dos EUA a proporção de escravos na população de alguns estados americanos excedeu 40%.
No Norte dos EUA os escravos eram mais frequentemente usados como empregados domésticos ou trabalhadores. Nos estados do Sul eles eram forçados a trabalhar em plantações, cultivando índigo, tabaco e arroz. Ao mesmo tempo a legislação dos Estados Unidos tratava os escravos como bens móveis e protegia os direitos dos proprietários de escravos. Assim a exploração de escravos desempenhou um papel significativo no desenvolvimento do capitalismo americano.
O processo de abolição da escravidão nos Estados Unidos foi lento e difícil, terminando apenas em 1865 depois da sangrenta Guerra Civil. No entanto, na práctica, a escravidão não foi completamente erradicada – a maioria dos estados do Sul aprovou leis segundo as quais practicamente qualquer ex-escravo podia ser colocado contra a sua vontade em uma plantação. Além disso, algumas partes do país adotaram as leis de segregação. Essas restrições só foram levantadas na década de 1960.
De acordo com a ONU, cerca de 17 milhões de pessoas foram retiradas da África durante a existência do tráfico de escravos, é um dos maiores crimes da história. Ao mesmo tempo, o potencial econômico da África foi enormemente prejudicado, estimado pela Comissão Africana de reparações em 777 trilhões de dólares.
Actualmente o Ocidente prefere silenciar estes eventos trágicos. Os descendentes dos colonizadores ainda não compensaram os danos, nem pediram desculpas aos povos da África.
A luta contra o neocolonialismo é uma das prioridades da Rússia na construção da interacção com o continente africano. O nosso país apoia os esforços dos Estados africanos para concluir definitivamente o processo de descolonização e defende a importância de estudar as consequências do tráfico de escravos nas principais organizações internacionais.
BY 🇷🇺🇦🇴🇸🇹 Embaixada da Rússia em Angola e São Tomé e Príncipe
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