SEMENTESDEFE Telegram 387
Dia 04 de Março de 2022
Leitura: números 5 e 6
Lucas 3

Números 5

Nm  5:1—10:10 A preservação da pureza do povo

Até aqui, as instruções de Deus quanto aos preparativos para a jornada foram recebidas pelo povo com obediência e grande expectativa. Agora, os israelitas devem se preparar de outra maneira, descrita nos capítulos 5 a 10, a saber, purificando-se como nação. Sua marcha não é apenas uma viagem rumo a um destino final; pelo contrário, é uma jornada na qual um povo resgatado dedica seu modo de viver a Deus em adoração, louvor e ações de graças por tudo que ele é e tudo que ele fez.

Em Êxodo 19:6, Deus disse ao povo: “Vós me sereis reino de sacerdotes e nação santa”, e o conceito de santidade é fundamental dentro da narrativa de Êxodo 25 a Números 10:10. As prescrições dadas depois dessa declaração de Deus são expressões diferentes de uma única verdade teológica: a santidade do arraial depende inteiramente do compromisso dos indivíduos em mantê-la.

Nm  5:1—6:21 A preservação da santidade do arraial

Essa seção trata das leis cujo propósito era garantir que o povo obtivesse e preservasse a santidade do arraial.

5:1-4 Doenças infecciosas. Antes do início da marcha rumo à terra prometida, algumas pessoas precisavam ser removidas do arraial, incluindo os indivíduos com doenças infecciosas de pele (não apenas lepra, como se costuma imaginar) ou fluxos corporais de qualquer tipo, e todos que se encontrassem cerimonialmente impuros em virtude do contato com um cadáver (5:1-2). Essa regra beneficiaria a comunidade, evitando a propagação de infecções. No entanto, não se trata apenas de uma preocupação com a higiene. No AT, as enfermidades e o sofrimento são estreitamente associados ao pecado, e a pureza implica bem-estar moral, físico e mental. Consequentemente, o povo considerava que até mesmo os problemas físicos possuíam uma dimensão espiritual e causavam impureza ou contaminação. Assim, Deus ordena que os indivíduos acometidos desses males sejam enviados para fora do arraial [...] no meio do qual eu habito (5:3). Cabia ao sacerdote determinar se certa lesão era impura e se uma pessoa devia ser readmitida no arraial depois de passar pelos rituais necessários e ser declarada limpa (cf. Lv 13; 14; 15).

A tribo iraqw, do norte da Tanzânia, observa regras semelhantes quanto a qualquer pessoa ou objeto que pode contaminar a comunidade. Antes da era cristã, os membros dessa tribo não permitiam que nenhuma pessoa com suspeita de doença contagiosa permanecesse na comunidade, readmitindo-a apenas depois de certos rituais de purificação e tratamentos curativos. Indivíduos que perdiam um membro da família também eram considerados impuros até que tivessem passado por um período de reclusão durante o qual se observavam determinados rituais. Essas práticas não eram egoístas; antes, visavam apenas proteger a comunidade. Assim, embora a separação certamente fosse difícil, os excluídos da comunidade não eram esquecidos: criavam-se meios de atender às necessidades deles sem contaminar a comunidade.

Mais uma vez, os israelitas fizeram conforme Deus lhes ordenou (5:4). A obediência continua sendo um tema predominante nessa parte do livro.

5:5-10 Restituição por ofensas. Aqueles que ofenderam alguém e, portanto, pecaram contra Deus, devem fazer reparação pelo dano causado e acrescentar uma compensação de 20% (5:5-7; Lv 6:5). Essa legislação desenvolve a prescrição de Levítico 5:16, especificando que, se a parte prejudicada tivesse falecido e não possuísse parentes, a restituição devia ser entregue ao sacerdote (5:8). A ampliação das leis deixa claro que elas devem ser adaptadas de acordo com novas gerações e novos contextos, pois as leis foram criadas para o bem dos seres humanos, e não o inverso.

Nas comunidades africanas, pressupõe-se que a reparação deve ir além das palavras de contrição e remorso; é preciso haver algum tipo de ação, algum pagamento ou restituição à parte prejudicada. Também fica claro que esse princípio é válido mesmo quando o ofensor ou o ofendido faleceu.



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Dia 04 de Março de 2022
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Números 5

Nm  5:1—10:10 A preservação da pureza do povo

Até aqui, as instruções de Deus quanto aos preparativos para a jornada foram recebidas pelo povo com obediência e grande expectativa. Agora, os israelitas devem se preparar de outra maneira, descrita nos capítulos 5 a 10, a saber, purificando-se como nação. Sua marcha não é apenas uma viagem rumo a um destino final; pelo contrário, é uma jornada na qual um povo resgatado dedica seu modo de viver a Deus em adoração, louvor e ações de graças por tudo que ele é e tudo que ele fez.

Em Êxodo 19:6, Deus disse ao povo: “Vós me sereis reino de sacerdotes e nação santa”, e o conceito de santidade é fundamental dentro da narrativa de Êxodo 25 a Números 10:10. As prescrições dadas depois dessa declaração de Deus são expressões diferentes de uma única verdade teológica: a santidade do arraial depende inteiramente do compromisso dos indivíduos em mantê-la.

Nm  5:1—6:21 A preservação da santidade do arraial

Essa seção trata das leis cujo propósito era garantir que o povo obtivesse e preservasse a santidade do arraial.

5:1-4 Doenças infecciosas. Antes do início da marcha rumo à terra prometida, algumas pessoas precisavam ser removidas do arraial, incluindo os indivíduos com doenças infecciosas de pele (não apenas lepra, como se costuma imaginar) ou fluxos corporais de qualquer tipo, e todos que se encontrassem cerimonialmente impuros em virtude do contato com um cadáver (5:1-2). Essa regra beneficiaria a comunidade, evitando a propagação de infecções. No entanto, não se trata apenas de uma preocupação com a higiene. No AT, as enfermidades e o sofrimento são estreitamente associados ao pecado, e a pureza implica bem-estar moral, físico e mental. Consequentemente, o povo considerava que até mesmo os problemas físicos possuíam uma dimensão espiritual e causavam impureza ou contaminação. Assim, Deus ordena que os indivíduos acometidos desses males sejam enviados para fora do arraial [...] no meio do qual eu habito (5:3). Cabia ao sacerdote determinar se certa lesão era impura e se uma pessoa devia ser readmitida no arraial depois de passar pelos rituais necessários e ser declarada limpa (cf. Lv 13; 14; 15).

A tribo iraqw, do norte da Tanzânia, observa regras semelhantes quanto a qualquer pessoa ou objeto que pode contaminar a comunidade. Antes da era cristã, os membros dessa tribo não permitiam que nenhuma pessoa com suspeita de doença contagiosa permanecesse na comunidade, readmitindo-a apenas depois de certos rituais de purificação e tratamentos curativos. Indivíduos que perdiam um membro da família também eram considerados impuros até que tivessem passado por um período de reclusão durante o qual se observavam determinados rituais. Essas práticas não eram egoístas; antes, visavam apenas proteger a comunidade. Assim, embora a separação certamente fosse difícil, os excluídos da comunidade não eram esquecidos: criavam-se meios de atender às necessidades deles sem contaminar a comunidade.

Mais uma vez, os israelitas fizeram conforme Deus lhes ordenou (5:4). A obediência continua sendo um tema predominante nessa parte do livro.

5:5-10 Restituição por ofensas. Aqueles que ofenderam alguém e, portanto, pecaram contra Deus, devem fazer reparação pelo dano causado e acrescentar uma compensação de 20% (5:5-7; Lv 6:5). Essa legislação desenvolve a prescrição de Levítico 5:16, especificando que, se a parte prejudicada tivesse falecido e não possuísse parentes, a restituição devia ser entregue ao sacerdote (5:8). A ampliação das leis deixa claro que elas devem ser adaptadas de acordo com novas gerações e novos contextos, pois as leis foram criadas para o bem dos seres humanos, e não o inverso.

Nas comunidades africanas, pressupõe-se que a reparação deve ir além das palavras de contrição e remorso; é preciso haver algum tipo de ação, algum pagamento ou restituição à parte prejudicada. Também fica claro que esse princípio é válido mesmo quando o ofensor ou o ofendido faleceu.

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The channel also called on people to turn out for illegal assemblies and listed the things that participants should bring along with them, showing prior planning was in the works for riots. The messages also incited people to hurl toxic gas bombs at police and MTR stations, he added. Co-founder of NFT renting protocol Rentable World emiliano.eth shared the group Tuesday morning on Twitter, calling out the "degenerate" community, or crypto obsessives that engage in high-risk trading. 4How to customize a Telegram channel? You can invite up to 200 people from your contacts to join your channel as the next step. Select the users you want to add and click “Invite.” You can skip this step altogether. Matt Hussey, editorial director of NEAR Protocol (and former editor-in-chief of Decrypt) responded to the news of the Telegram group with “#meIRL.”
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