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Números 8
Nm 8:1-26 A obediência de Arão e dos levitas. O compromisso de obedecer dizia respeito a toda a comunidade, incluindo os sacerdotes, levitas, príncipes das tribos e todos os seus representantes. Esse capítulo começa enfatizando a obediência de Arão, o sumo sacerdote, verificada em seu cuidado de colocar as sete lâmpadas no santuário para iluminá-lo conforme a instrução de Deus (8:1-3), e a obediência demonstrada na confecção do candelabro de ouro exatamente como Deus o havia descrito (8:4). Os detalhes do desenho e da confecção do candelabro de ouro foram fornecidos anteriormente (Êx 25:31-40; 37:17-24), mas sem referência às suas lâmpadas, que são mencionadas apenas aqui. Essas lâmpadas provavelmente foram acesas como parte da consagração do tabernáculo.
O restante desse capítulo trata da ordenação dos levitas como assistentes dos sacerdotes. A cerimônia que os dedicou oficialmente para realizar suas respectivas tarefas apresenta algumas semelhanças com a cerimônia prescrita para a ordenação dos sacerdotes em Levítico 8. No entanto, enquanto os sacerdotes foram santificados, os levitas foram apenas purificados (8:5-6; Lv 8:30); os sacerdotes foram lavados e ungidos, mas os levitas foram apenas aspergidos com a água da expiação (8:7a; Lv 8:6,12); os sacerdotes receberam vestes novas, mas os levitas apenas lavaram suas vestes (8:76; Lv 8:7-9,13); o óleo foi aplicado nos levitas para ungi-los, mas nesse caso, foi apenas misturado com a farinha para a oferta de manjares realizada pelos levitas (8:8; Lv 8:12,30).
O Senhor instruiu Moisés a colocar os levitas diante do tabernáculo, onde toda a congregação deveria impor as mãos sobre eles (8:9-10). Pode-se presumir que, para a realização desse ritual, representantes das outras tribos impuseram as mãos sobre todos os levitas. A imposição de mãos simbolizou o papel dos levitas como substitutos dos primogênitos de Israel (8:16-18; cf. tb. 3:11-13,40-51). A alusão aos primogênitos associa esse acontecimento diretamente à celebração da Páscoa em Números 9, lembrando os leitores do motivo pelo qual a Páscoa foi instituída e pelo qual a comunidade devia celebrá-la antes de iniciar a marcha.
Os levitas deviam ser separados para servir na tenda ia congregação como assistentes de Arão e seus filhos, isto é, dos sacerdotes (8:11,13-15,19a, 22). Mas, antes de poderem realizar essa função, era necessário oferecer um sacrifício de expiação por seus pecados (8:12). Mais adiante nesse capítulo, também se diz que outra função dos levitas era fazer expiação pelo povo de Israel (8:196). A run de compreender essa declaração, devemos esclarecer o significado de “expiação”.
No hebraico, o verbo traduzido por “expiar” significa, literalmente, “cobrir”, “espalhar algo por cima”. É usado de forma figurativa para expressar a ideia de apaziguar, aplacar ou reconciliar-se com alguém (Gn 32:20; 2Sm 21:3; Pv 16:14). Outro significado do termo é “perdoar” ou “sofrer as consequências de” (Dt 21:8; 32:43; 2Cron 30:18; Sl 65:34; 78:38; 79:9; Pv 16:6: Is 6:7: 22:14; Jr 18:23; Ez 16:63). Também pode se referir ao ato de “cobrir ou abolir algo” (Is 28:18), ou, ainda, de “realizar o ritual de expiação” (Êx 29:33.36.37; 30:10,15,16; 32:30; Lv 1:4; 4:20,26,31,35; 5:6,10,13).
O ritual de expiação para o povo culminava no Dia da Expiação (Êx 30:10). Nesse dia, também chamado em hebraico de Dia da Cobertura dos Pecados, observava-se o único jejum prescrito no AT e realizava-se um ritual complexo no qual o sumo sacerdote oferecia sacrifícios para expiar pela contaminação da casa e do povo de Deus pelo pecado (Lv 16; 23:26-32; Nm 29:7-11). É a esse ritual que o autor de Hebreus se refere quando fala de Cristo como nosso sumo sacerdote, aquele que oferece expiação por nós (Hb 9; 10). Pode-se dizer que Jesus “cobriu” os pecados do mundo.
Assim, a declaração de que os levitas deviam fazer expiação pelo povo (8:19) não deve ser interpretada como uma referência ao ritual, mas, sim, ao significado mais simples da palavra, a saber, cobrir algo. Os levitas deviam servir de “véu” entre o povo e Deus, protegendo o povo da praga que sobreviría caso indivíduos que não eram santos ou separados para o serviço de Deus tentassem servir no Lugar Santo.
Como os capítulos anteriores, o capítulo 8 termina enfatizando a obediência de Moisés, de Arão, dos levitas e de toda a comunidade ao fazer exatamente conforme Deus havia ordenado (8:20-22).
Uma vez que a harmonia seria essencial na jornada para a terra prometida, algumas regras são estabelecidas em mais detalhes, abrangendo até mesmo questões secundárias, como a idade certa para o serviço. Os levitas só podiam começar a servir na tenda da congregação a partir dos 25 anos (8:24). Supõe-se que com essa idade eram considerados maduros o suficiente para saber como se comportar e ter discernimento. Depois dos 30 anos, eram considerados aptos para realizar a tarefa solene de carregar o tabernáculo e seus utensílios (4:3). Jesus começou seu ministério com essa idade (Lc 3:23).
Os levitas encerravam seu ministério aos cinquenta anos de idade (8:25). Depois disso, podiam ajudar seus irmãos, mas não deviam mais fazer o serviço (8:26). Essa aposentadoria precoce significava que o trabalho devia ser realizado por aqueles que possuíam força e energia para fazê-lo bem. Ao mesmo tempo, os homens mais velhos se aposentavam enquanto ainda tinham vigor, tomando-se conselheiros respeitados dos levitas mais jovens.
Infelizmente, na África muitos líderes parecem pensar que, depois de assumir seu cargo, devem mantê-lo até a morte, como se ninguém mais fosse capaz de liderar ou servir a nação ou a igreja como eles. O padrão estabelecido nessa passagem de Números é muito mais salutar. Os mais velhos se aposentam do serviço ativo, mas continuam sendo considerados consultores e conselheiros sábios em razão de sua experiência, enquanto os mais jovens assumem os seus cargos. Se fosse adotada na África, tal abordagem promoveria mudanças consideráveis em nosso continente.
Lucas 4



4:1 Às vezes sentimos que se o Espírito Santo nos guiar, será sempre “junto às águas tranquilas” (Salmo 23:2). Mas isso não é necessariamente verdade. Ele conduziu Jesus ao deserto por um longo e difícil período de testes, e também pode nos levar a situações difíceis. Ao enfrentar provações, primeiro certifique-se de não as ter causado por causa do pecado ou de escolhas imprudentes. Se você não encontrar pecado para confessar ou comportamento insensato para mudar, peça a Deus para fortalecê-lo para o seu teste. Finalmente, tenha o cuidado de seguir fielmente onde quer que o Espírito Santo o leve.



4:1, 2 O diabo, que tentou Adão e Eva no jardim, também tentou Jesus no deserto. Satanás é um ser real, um anjo caído criado, mas rebelde, e não um símbolo ou uma ideia. Ele constantemente luta contra Deus e aqueles que seguem e obedecem a Deus. Jesus foi o principal alvo das tentações do diabo. Satanás teve sucesso com Adão e Eva e esperava ter sucesso com Jesus também.
4:1-13 Conhecer e obedecer à Palavra de Deus é uma arma eficaz contra a tentação, a única arma ofensiva fornecida na “armadura” do cristão (Efésios 6:17). Jesus usou as Escrituras para combater os ataques de Satanás, e nós também devemos. Mas para usá-lo de forma eficaz, devemos ter fé nas promessas de Deus porque Satanás também conhece as Escrituras e é adepto de distorcê-las para se adequar a seus propósitos. Obedecer às Escrituras é mais importante do que simplesmente ter um versículo para citar, então leia-o diariamente e aplique-o em sua vida. Então sua “espada” estará sempre afiada.



4:2 Por que foi necessário que Jesus fosse tentado? Primeiro, a tentação faz parte da experiência humana. Para Jesus ser totalmente humano, para nos entender completamente, ele teve que enfrentar a tentação (ver Hebreus 4:15). Em segundo lugar, Jesus teve que desfazer a obra de Adão. Adão, embora criado perfeito, cedeu à tentação e passou o pecado para toda a raça humana. Jesus, ao contrário, resistiu a Satanás. Sua vitória oferece salvação a todos os descendentes de Adão (ver Romanos 5:12-19).



4:3 Satanás pode nos tentar a duvidar da verdadeira identidade de Cristo. Ele sabe que, quando começamos a questionar se Jesus é ou não Deus, é muito mais fácil fazer com que façamos o que ele quer. Momentos de questionamento podem nos ajudar a definir nossas crenças e fortalecer nossa fé, mas esses momentos também podem ser perigosos. Se você estiver lidando com dúvidas, esteja ciente de que é especialmente vulnerável à tentação. Mesmo enquanto você busca por respostas, proteja-se meditando nas verdades inabaláveis ​​da Palavra de Deus.



4:3 Às vezes, o que somos tentados a fazer não é errado em si. Transformar uma pedra em pão não era necessariamente ruim. O pecado não estava no ato, mas na razão por trás dele. O diabo estava tentando fazer com que Jesus tomasse um atalho, para resolver o problema imediato de Jesus às custas de seus objetivos de longo prazo, para buscar conforto com o sacrifício de sua disciplina. Satanás geralmente age dessa maneira - persuadindo-nos a agir, até mesmo a ação certa, pelo motivo errado ou na hora errada. O fato de algo não estar errado em si não significa que seja bom para você em um determinado momento. Muitas pessoas pecam ao tentar cumprir desejos legítimos fora da vontade de Deus ou antes de seu cronograma. Primeiro pergunte: O Espírito Santo está me guiando a fazer isso ou Satanás está tentando me tirar do caminho?



4:3ss Frequentemente, não somos tentados por nossas fraquezas, mas por nossas forças. O diabo tentou Jesus onde ele era forte. Jesus tinha poder sobre as pedras, os reinos do mundo e até mesmo os anjos, e Satanás queria que ele usasse esse poder sem levar em conta sua missão. Quando cedemos ao diabo e usamos erroneamente nossas forças, tornamo-nos orgulhosos e autossuficientes. Confiando em nossas próprias forças, sentimos pouca necessidade de Deus. Para evitar essa armadilha, devemos perceber que todas as nossas forças são presentes de Deus para nós, e devemos dedicar essas forças ao seu serviço.



4:6, 7 O diabo esperava arrogantemente ter sucesso em sua rebelião contra Deus, desviando Jesus de sua missão e ganhando sua adoração. “Este mundo é meu, não de Deus”, ele estava dizendo, “e se você espera fazer algo que valha a pena aqui, precisará seguir minhas instruções”. Jesus não discutiu com Satanás sobre quem é o dono do mundo, mas Jesus se recusou a validar a afirmação de Satanás adorando-o. Jesus sabia que redimiria o mundo entregando sua vida na cruz, não fazendo aliança com um anjo corrupto.



4:9-11 Aqui o diabo interpretou mal as Escrituras. A intenção do Salmo 91 é mostrar a proteção de Deus ao seu povo, não incitá-los a usar o poder de Deus para exibições sensacionais ou tolas.
4:13 A derrota de Cristo sobre o diabo no deserto foi decisiva, mas não final. Ao longo de seu ministério, Jesus confrontou Satanás de muitas formas. Muitas vezes vemos a tentação como uma vez por todas. Na realidade, precisamos estar constantemente em guarda contra os ataques contínuos do diabo. Onde você está mais suscetível à tentação agora? Como você está se preparando para suportar isso?



4:13 O que seria necessário para você se “vender”? O que há na vida que faria com que você comprometesse sua fé? O que quer que seja - tentação sexual, incentivo financeiro, medo de alienar ou ofender alguém - será colocado em seu caminho em algum momento. O inimigo quer destruir os crentes ou pelo menos neutralizá-los por meio do pecado, vergonha e culpa. Quando a tentação surgir, faça o que Jesus fez: confie na Palavra de Deus e permaneça firme em seu compromisso de adorar somente a Deus, acima de tudo. Não importa o custo ou o sacrifício, não importa o quão atraente seja a virada, os crentes devem seguir o exemplo de Jesus e permanecer firmes. 4:15, 16 As sinagogas eram muito importantes na vida religiosa judaica. Durante o exílio, quando os judeus não tinham mais seu templo, as sinagogas foram estabelecidas como locais de adoração no sábado e como escolas para meninos durante a semana. As sinagogas continuaram a existir mesmo depois da reconstrução do Templo. Uma sinagoga pode ser montada em qualquer cidade com pelo menos 10 famílias judias. Foi administrado por um líder e um assistente. Na sinagoga, o líder costumava convidar um rabino visitante para ler as Escrituras e ensinar. Rabinos itinerantes, como Jesus, eram sempre bem-vindos para falar aos que se reuniam a cada sábado nas sinagogas. O apóstolo Paulo também tirou proveito dessa prática (ver Atos 13:5; 14:1).



4:16 Jesus foi à sinagoga “como era seu costume”. Embora fosse o Filho de Deus perfeito e sua sinagoga local sem dúvida deixasse muito a desejar, Jesus comparecia aos cultos todas as semanas. Seu exemplo faz com que nossas desculpas para não frequentar a igreja pareçam fracas e egoístas. Faça da adoração regular uma parte de sua vida.



4:17-21 Jesus estava citando Isaías 61:1, 2. Isaías retrata a libertação de Israel do exílio na Babilônia como um ano de jubileu, quando todas as dívidas são canceladas, todos os escravos são libertados e todas as propriedades são devolvidas aos proprietários originais (Levítico 25). Mas a libertação do exílio na Babilônia não trouxe o cumprimento esperado; eles ainda eram um povo conquistado e oprimido. Portanto, Isaías deve ter se referido a uma era messiânica futura. Jesus corajosamente anunciou: “Este dia se cumpriu esta escritura em seus ouvidos”. Jesus estava se proclamando como aquele que levaria essas boas novas a acontecer, mas o faria de uma forma que o povo ainda não era capaz de compreender.



4:24 Mesmo o próprio Jesus não foi aceito como profeta em sua cidade natal. Muitas pessoas têm uma atitude semelhante. Não se surpreenda se sua vida e fé cristã não forem facilmente compreendidas ou aceitas por aqueles que o conhecem bem. Como eles conhecem sua formação, seus fracassos e suas fraquezas, eles podem não ver além disso para a nova pessoa em que você se tornou. Deixe Deus trabalhar em sua vida, ore para ser uma testemunha positiva para ele e seja paciente.



4:28 Os comentários de Jesus irritaram o povo de Nazaré porque ele estava dizendo que às vezes Deus preferia alcançar os gentios em vez dos judeus. Jesus deu a entender que seus ouvintes eram tão incrédulos quanto os cidadãos do reino do norte de Israel nos dias de Elias (Elias) e Eliseu (Eliseu), uma época notória por sua grande maldade.
4:31 Jesus havia se mudado recentemente de Nazaré para Cafarnaum (Mateus 4:13). Cafarnaum era uma cidade próspera, com grande riqueza e decadência. Por ser o quartel-general de muitas tropas romanas, a notícia sobre Jesus poderia se espalhar por todo o Império Romano a partir de lá.



4:33 Um homem possuído por um demônio estava na sinagoga onde Jesus estava ensinando. Este homem entrou no lugar de adoração e abusou verbalmente de Jesus. É ingênuo pensar que seremos protegidos do mal na igreja. Satanás fica feliz em invadir nossa presença onde e quando pode. Mas a autoridade de Jesus é muito maior do que a de Satanás, e onde Jesus está presente, os demônios não podem permanecer por muito tempo. 4:34-36 As pessoas ficaram maravilhadas com a autoridade de Jesus para expulsar demônios - espíritos malignos governados por Satanás e enviados para assediar as pessoas, tentá-las a pecar e, por fim, destruí-las. Demônios são anjos caídos que se juntaram a Satanás em rebelião contra Deus. Jesus enfrentou muitos demônios durante seu tempo na terra e sempre exerceu autoridade sobre eles. Não apenas o espírito maligno deixou este homem; Lucas registra que o homem nem mesmo ficou ferido.



Embora possamos não ver com frequência casos de possessão demoníaca hoje, ela ainda existe. Não precisamos ter medo, entretanto. O poder de Jesus é muito maior do que o de Satanás. O primeiro passo para vencer o medo do mal é reconhecer a autoridade e o poder de Jesus. Ele venceu todo o mal, incluindo o próprio Satanás.



4:39 Jesus curou a sogra de Simão (Pedro) tão completamente que não apenas a febre passou, mas sua força foi restaurada, e imediatamente ela se levantou e cuidou das necessidades dos outros. Que bela atitude de serviço ela demonstrou! Deus nos dá saúde para que possamos servir aos outros.



4:40 As pessoas vieram a Jesus quando o sol estava se pondo porque este era o sábado (4:31), seu dia de descanso. O sábado durou do pôr do sol de sexta-feira ao pôr do sol de sábado. As pessoas não queriam quebrar a lei que proibia viajar no sábado, então esperaram até o sol se pôr no sábado antes de irem até Jesus. Então, como o médico Lucas observa, eles vieram com todos os tipos de doenças, e Jesus curou cada um.



4:40 Quando você passou por um momento particularmente difícil, o que mais o ajudou? Embora alguns possam ter dito palavras gentis, provavelmente foi a presença de um amigo e seu toque. Um abraço, um braço em volta do seu ombro ou mesmo apenas uma mão colocada suavemente em cima do seu - esses gestos simples e sem palavras significam muito para quem está sofrendo. Ao curar os enfermos e os endemoninhados, Jesus já havia demonstrado que poderia curar com apenas uma palavra (4:39). No entanto, aqui em Cafarnaum, Lucas registra que o toque da mão de Jesus curou os enfermos. Por que não apenas falar uma palavra e curar toda a multidão de uma vez? Por que se dar ao trabalho de tratar cada pessoa individualmente, cara a cara? Porque o toque humano é muito importante. Alguém precisa de um toque seu hoje?



4:41 Por que Jesus não queria que os demônios revelassem quem ele era? (1) Jesus ordenou que permanecessem em silêncio para mostrar sua autoridade sobre eles. (2) Jesus queria que seus ouvintes acreditassem que ele era o Messias por causa de suas palavras, não por causa das palavras dos demônios. (3) Jesus iria revelar sua identidade de acordo com o cronograma de Deus, e ele não seria pressionado pelos planos malignos de Satanás. Os demônios chamaram Jesus de “Filho de Deus” ou “o Santo de Deus” (4:34) porque sabiam que ele era o Cristo. Mas Jesus iria se mostrar o servo sofredor antes de se tornar o grande Rei. Revelar sua identidade como Rei cedo demais iria incitar a multidão com expectativas erradas sobre o que ele tinha vindo fazer.
4:42 Jesus teve que se levantar muito cedo para ficar algum tempo sozinho. Se Jesus precisava de solidão para orar e se refrescar, quanto mais isso é verdade para nós? Não fique tão ocupado que a vida se transforme em uma enxurrada de atividades, não deixando espaço para uma comunhão tranquila a sós com Deus. Não importa o quanto você tenha que fazer, você sempre deve ter tempo para orar.



4:43 O Reino de Deus é uma boa notícia! Foi uma boa notícia para os judeus porque eles estavam aguardando a vinda do prometido Messias desde o cativeiro na Babilônia. É uma boa notícia para nós também porque significa libertação da escravidão do pecado e do egoísmo. O Reino de Deus está aqui e agora porque o Espírito Santo vive no coração dos crentes. No entanto, também está no futuro porque Jesus voltará para reinar sobre um Reino perfeito, onde o pecado e o mal não existirão mais.
Números 9
9:1-14 A celebração da Páscoa
A primeira Páscoa havia sido celebrada na véspera da partida dos hebreus do Egito (Êx 12:25). Agora, Deus lembra Moisés da necessidade de repetir a celebração (9:1-3). A segunda Páscoa foi particularmente significativa, pois foi comemorada depois do episódio do bezerro de ouro (Êx 32—33). Uma vez que a primeira Páscoa havia sido profanada por essa idolatria, a segunda Páscoa representa um novo começo.
A maioria dos israelitas obedeceu à ordem do Senhor para celebrar a Páscoa no deserto (9:4-5), mas alguns não puderam fazê-lo porque se encontravam cerimonialmente impuros. Como as instruções acerca da Páscoa dadas no Egito não tratavam nem dessa nem de outras situações, o povo perguntou a Moisés o que devia fazer.
O problema da impureza cerimonial no dia em que a Páscoa devia ser observada não havia surgido na primeira Páscoa porque, naquela época, Deus ainda não havia estabelecido as leis acerca da questão. Agora, porém, a ordem para que somente os cerimonialmente puros comam da carne das ofertas (cf. Lv 7:18-20) parece entrar em conflito com a ordem para celebrar a Páscoa (9:6-7). Moisés não sabia ao certo como devia lidar com essa situação, de modo que consultou o Senhor (9:8). Em sua resposta, o Senhor também trata de questões relacionadas a viajantes, estrangeiros e indivíduos que se recusassem a guardar a Páscoa. Todos os que se encontrassem cerimonialmente impuros ou estivessem longe de casa na data da Páscoa deviam celebrá-la exatamente um mês depois, quando não houvesse mais nenhum empecilho para sua participação. 0 povo teve tempo de proceder desse modo, pois a Páscoa era celebrada no décimo quarto dia do primeiro mês do ano, e a comunidade partiu do Sinai apenas no vigésimo primeiro dia do segundo mês (10:11). Excetuando os casos especificados, todos deviam seguir as prescrições para a Páscoa (9:10-12).
Durante a primeira celebração da Páscoa no Egito, não tinha havido recusa, pois, assim como os egípcios, os israelitas que se negassem deliberadamente a participar da cerimônia teriam perdido seus primogênitos. Na segunda Páscoa, porém, não havería um castigo divino desse tipo. No entanto, Moisés instrui que tal pessoa seja eliminada do seu povo (9:13). Ser “eliminado” era um castigo severo, correspondente a uma desobediência grave ao Senhor. Talvez significasse ser expulso do arraial e, desse modo, perder a comunhão com o restante do povo e com Deus, ou talvez uma sentença de morte. Sem dúvida, significava que o transgressor perdia o privilégio de entrar na terra prometida. Alguns cristãos interpretam essa expressão como uma referência à excomunhão pela comunidade e por Deus, acarretando a morte eterna. Ser separado de Deus é ser condenado a existir eternamente sem o favor, o amor, a graça e a misericórdia de Deus.
Por fim, Deus dá instruções para o caso de um estrangeiro, um não-israelita, desejar participar da Páscoa. A regra é a mesma da Páscoa em Êxodo: os estrangeiros podem participar desde que estejam, de fato, vivendo no meio dos israelitas e se disponham a obedecer a todas as prescrições para a celebração (9:14; Êx 12:19,48).
Em todos esses casos, vemos como as leis são adaptadas para ir ao encontro de certas necessidades e atender aqueles que, de outro modo, teriam dificuldade em celebrar essa festa. Tal reinterpretação periódica da legislação foi crucial para os israelitas de diferentes gerações e também é importante para a igreja nos dias de hoje. Podemos aprender com o modo com que Moisés abordou os problemas decorrentes de mudanças nas circunstâncias ou aplicações das leis. Quando não soube sanar as dúvidas do povo, consultou o Senhor e esperou sua resposta (9:8). Ao que parece, esse era o seu modo habitual de agir, pois o vemos fazer o mesmo no caso das filhas de Zelofeade (Nm 27:1-10).
A igreja também não deve impor incondicionalmente as leis existentes. Antes, mantendo-se fiel ao ensino bíblico, deve refletir e orar sobre possíveis mudanças necessárias, para não criar dificuldades indevidas. Tendo em vista a rapidez com que as circunstâncias têm mudado em nosso continente, seria imprudente aplicar regras antigas a uma nova comunidade. No entanto, devemos ter o cuidado de buscar sempre a orientação de Deus ao tratar das questões que afetam nossa sociedade.
9:15-23 Um sinal da presença de Deus Até aqui, os israelitas estavam apenas se preparando para a partida do Sinai. Agora, o narrador apresenta dois sinais que indicariam o momento de iniciar a marcha para a terra prometida. 0 primeiro sinal seria a posição da nuvem que simbolizava a presença e o poder de Deus em relação à tenda da congregação (9:15-16). (Durante a noite, a nuvem assumia o aspecto de uma coluna de fogo.)
No AT, a nuvem e o fogo são estreitamente relacionados à presença de Deus. O Senhor usou uma sarça ardente para se revelar a Moisés (Êx 3:2-3). Depois que os israelitas deixaram o Egito, foram conduzidos durante o dia por uma coluna de nuvem e, durante a noite, por uma coluna de fogo que simbolizava Deus acompanhando, protegendo e guiando seu povo na jornada (Êx 13:21-22). A nuvem e o fogo aparecem no contexto do estabelecimento da aliança e da entrega dos mandamentos (Êx 19:16-19; 24:15-18), e a imagem de uma nuvem também é usada para descrever a presença de Deus com seu povo depois do fiasco do bezerro de ouro (Êx 33:9,10; 34:5). O uso dessa imagem no livro de Êxodo culmina com a conclusão do tabernáculo (Êx 40:34-38). Ao longo de todo o livro de Números e do restante do AT, a manifestação de Deus é retratada em várias ocasiões em forma de nuvem e fogo: “Guiaste-os, de dia, por uma coluna de nuvem e, de noite, por uma coluna de fogo, para lhes alumiar o caminho por onde haviam de ir” (Ne 9:12; cf. tb. Lv 16:2; Nm 9:14-22; 10:11,12,34; 11:25; 12:5,10; 14:14; 16:42; Dt 1:33; 31:15; 1Reis 8:10,11; 2Cr 5:13,14; Sl 68:4; 78:14; 99:7; Is 4:5; 19:1; Jr 4:13; J1 2:2; Sf 1:15). Em todas essas referências, a nuvem retrata não só a santidade e a presença amorosa de Deus, mas também o julgamento divino.
A aparição da nuvem sobre a tenda da congregação no dia em que foi armada, chamada aqui de “tenda do Testemunho”, lembrou o povo de que Deus era seu líder e sua presença era essencial na jornada longa e imprevisível pelo deserto. Quando a nuvem se erguesse de sobre o tabemáculo, o povo de Israel devia partir; quando a nuvem se detivesse, o povo devia fazer o mesmo (9:17-23). No início dessa seção, o autor não afirma especificamente que era Deus quem orientava quanto ao momento de partir; mas aqui ele deixa esse fato claro na repetição tripla da declaração: Segundo o mandado do Senhor, os filhos de Israel partiam e, segundo o mandado do Senhor, acampavam (9:18,20,23a). Mais uma vez, a ênfase é sobre a resposta obediente do povo. No final da passagem, o narrador afirma explicitamente que os israelitas cumpriam o seu dever para com o Senhor, segundo a ordem do Senhor por intermédio de Moisés (9:23).
No AT, Deus se manifesta de várias maneiras: anjos, profetas, sinais naturais e sobrenaturais. O ápice dessa revelação surge no NT, na pessoa e no ministério de nosso Senhor Jesus Cristo. Nele, Deus é plenamente manifestado: não apenas recebemos de Cristo a salvação, mas somos ensinados por ele acerca da vontade e do propósito de Deus para a humanidade. Como cristãos, não temos uma nuvem, mas, sim, o Espírito Santo e as Escrituras, que nos foram dados para nos guiar no caminho da salvação, em nossa jornada a essa nova “terra prometida”. A Bíblia também nos provê de novos meios de nos relacionarmos com Deus e com os outros, incluindo toda a criação. Como uma nova comunidade em Cristo, recebemos a missão de ser bênção na terra.
Lucas 7
7:1ss. Esta passagem marca uma virada no relato de Lucas sobre o ministério de Jesus. Até este ponto, Jesus tratou exclusivamente com os judeus; aqui ele começa a incluir os gentios. Observe quem são os personagens principais neste breve drama: os anciãos judeus, um centurião romano e o servo do centurião - origens raciais e religiosas muito diferentes e posições muito diferentes na escala social. Jesus rompeu todas essas barreiras, indo até as necessidades do doente. O evangelho atravessa bem as barreiras étnicas, raciais, nacionais e religiosas. Você está disposto a trabalhar com eles também? Jesus não fazia acepção de divisões artificiais, e devemos seguir seu exemplo. Estenda a mão para aqueles a quem Jesus veio salvar.



7:2 Este oficial romano era um centurião, o que significa que ele era um capitão encarregado de 100 homens. O centurião tinha ouvido falar de Jesus e, obviamente, também tinha ouvido falar do poder de cura de Jesus. Ele enviou um pedido por meio de alguns dos anciãos judeus em nome de seu servo. Ele pode ter ouvido sobre a cura do filho do nobre (que provavelmente ocorreu antes, veja João 4:46-54). Ele sabia que Jesus tinha o poder de curar seu servo.



7:3 Mateus 8:5 diz que o centurião romano visitou o próprio Jesus, enquanto Lucas 7:3 diz que ele enviou anciãos judeus para apresentar seu pedido a Jesus. Naquela época, lidar com os mensageiros de uma pessoa era considerado o mesmo que lidar com aquele que os enviou. Assim, ao lidar com os mensageiros, Jesus estava lidando com o centurião. Para seu público judeu, Mateus enfatizou a fé do centurião romano. Para seu público gentio, Lucas destacou o bom relacionamento entre os anciãos judeus e o centurião romano. Este capitão do exército diariamente delegava trabalho e enviava grupos em missões, então foi assim que ele escolheu levar sua mensagem a Jesus.



7:9 O centurião romano não foi até Jesus e não esperava que Jesus fosse até ele. Assim como este oficial não precisava estar presente para que suas ordens fossem cumpridas, Jesus não precisava estar presente para curar. A fé do oficial era especialmente surpreendente porque ele era um gentio que não havia sido criado para conhecer um Deus amoroso. Daí o comentário de Jesus.



7:11-15 A situação da viúva era grave. Ela havia perdido o marido e agora seu único filho morrera - seu último meio de sustento. A multidão de enlutados iria para casa e ela ficaria sem um tostão e sozinha. A viúva provavelmente já tinha passado da idade de ter filhos e não se casaria novamente. A menos que um parente viesse em seu auxílio, seu futuro era sombrio. Ela seria uma presa fácil para vigaristas e provavelmente seria reduzida a implorar por comida. Na verdade, como Lucas enfatiza repetidamente, essa mulher era exatamente o tipo de pessoa que Jesus tinha vindo para ajudar - e ele a ajudou. Jesus tem grande compaixão pela sua dor e tem o poder de trazer esperança em qualquer tragédia.



7:11-17 Esta história ilustra a salvação. O mundo inteiro estava morto em pecado (Efésios 2:1), assim como o filho da viúva estava morto. Estando mortos, não podíamos fazer nada para nos ajudar - nem mesmo poderíamos pedir ajuda. Mas Deus teve compaixão de nós e enviou Jesus para nos ressuscitar à vida com ele (Efésios 2:4-7). O morto não ganhou sua segunda chance de vida, e não podemos ganhar nossa nova vida em Cristo. Mas podemos aceitar o dom da vida de Deus, louvar a Deus por isso e usar nossas vidas para fazer sua vontade.



7:12 Honrar os mortos era importante na tradição judaica. Uma procissão fúnebre, com parentes da pessoa morta seguindo o corpo que foi embrulhado e carregado em uma espécie de maca, percorria a cidade e esperava-se que os transeuntes se juntassem à procissão. Além disso, os enlutados contratados gritariam alto e chamariam a atenção para a procissão. O luto da família continuaria por 30 dias.
7:16 As pessoas pensavam em Jesus como um profeta porque, como os profetas do Antigo Testamento, ele proclamava com ousadia a mensagem de Deus e às vezes ressuscitava mortos. Elias e Eliseu ressuscitaram filhos dos mortos (1 Reis 17:17-24; 2 Reis 4:18-37). As pessoas estavam corretas em pensar que Jesus era um profeta, mas ele é muito mais - ele é o próprio Deus.



7:18-23 João ficou confuso porque os relatórios que recebeu sobre Jesus eram inesperados e incompletos. As dúvidas de João eram naturais, e Jesus não o repreendeu por elas. Em vez disso, ele respondeu de uma forma que João entenderia: Jesus explicou que havia realizado o que o Messias deveria realizar. Deus pode lidar com nossas dúvidas e ele aceita nossas perguntas. Você tem perguntas sobre Jesus - sobre quem ele é ou o que espera de você? Admita-as a si mesmo e a Deus e comece a procurar respostas. Somente quando você enfrentar suas dúvidas honestamente, poderá começar a resolvê-las.



7:20-22 As provas listadas aqui para Jesus ser o Messias são significativas. Eles consistem em ações observáveis, não teorias - ações que os contemporâneos de Jesus viram e relataram para lermos hoje. Os profetas disseram que o Messias faria exatamente esses atos (ver Isaías 35:5, 6; 61:1). Essas provas físicas ajudaram João - e ajudarão a todos nós - a reconhecer quem é Jesus.



7:28 De todas as pessoas, ninguém cumpriu melhor o propósito que Deus lhe deu do que João. No entanto, no Reino de Deus, todos os que vêm depois de João têm uma herança espiritual maior porque têm um conhecimento mais claro do propósito da morte e ressurreição de Jesus. João foi o último a funcionar como os profetas do Antigo Testamento, o último a preparar o povo para a era messiânica vindoura. Jesus não estava contrastando o homem João com cristãos individuais; ele estava contrastando a vida antes de Cristo com a vida na plenitude do Reino de Cristo.



7:29, 30 As pessoas comuns, incluindo os publicanos (cobradores de impostos que personificavam o mal na mente da maioria das pessoas) ouviram a mensagem de João e se arrependeram. Em contraste, os fariseus e advogados - líderes religiosos - rejeitaram suas palavras. Querendo viver à sua maneira, eles justificaram seu próprio ponto de vista e se recusaram a ouvir outras ideias. Eles “rejeitaram o conselho de Deus”. Eles estavam tão perto de Jesus, mas tão distantes. A verdade estava diante deles e eles a rejeitaram. O que você fez com a verdade que leu na Palavra de Deus?



7:31-35 Os líderes religiosos odiavam tanto João quanto Jesus, mas não se preocupavam em ser consistentes em sua crítica. Eles criticaram João Batista porque ele jejuou e não bebeu vinho; eles criticavam Jesus porque ele comia com gosto e bebia vinho com publicanos e pecadores. Sua objeção real a ambos os homens, é claro, nada tinha a ver com hábitos alimentares. O que os fariseus e advogados não suportavam era ser exposto por sua hipocrisia.



7:33, 34 Os fariseus não se preocuparam com sua inconsistência em relação a João Batista e Jesus. Eles eram bons em justificar sua “sabedoria”. A maioria de nós pode encontrar razões convincentes para fazer ou acreditar no que quer que seja adequado aos nossos propósitos. Se não examinarmos nossa “sabedoria” à luz da verdade de Deus, no entanto, podemos ser tão obviamente egoístas quanto os fariseus.



7:36ss. Um incidente semelhante ocorreu mais tarde no ministério de Jesus (ver Mateus 26:6-13; Marcos 14:3-9; João 12:1-11).



7:38 Embora a mulher não fosse uma convidada, ela entrou na casa de qualquer maneira e se ajoelhou atrás de Jesus aos pés dele. Nos dias de Jesus, era comum reclinar-se enquanto comia. Os convidados do jantar se deitavam em sofás com a cabeça perto da mesa, apoiando-se em um cotovelo e esticando os pés atrás deles. A mulher poderia facilmente ungir os pés de Jesus sem ir até a mesa.
7:44ss Mais uma vez, Lucas compara os fariseus com os pecadores - e novamente os pecadores saem na frente. Simão cometeu vários erros sociais ao deixar de lavar os pés de Jesus (uma cortesia estendida aos convidados porque os pés de sandália ficavam muito sujos), ungir sua cabeça com óleo e oferecer-lhe o beijo de saudação. Simão talvez achasse que era bom demais para Jesus? Ele estava tentando dar uma humilhação sutil em Jesus? Seja qual for o caso, o contraste é vívido. A mulher pecadora despejou lágrimas, perfume caro e beijos em seu Salvador. Nesta história, é a mulher imoral grata, e não o líder religioso, cujos pecados foram perdoados. Embora a graça de Deus por meio da fé seja o que nos salva, e não atos de amor ou generosidade, o ato dessa mulher demonstrou sua verdadeira fé, e Jesus a honrou.



7:47 Amor transbordante é a resposta natural ao perdão e a consequência apropriada da fé. Mas apenas aqueles que percebem a profundidade de seus pecados podem apreciar o perdão completo que Deus lhes oferece. Jesus resgatou todos os seus seguidores, fossem eles outrora extremamente maus ou convencionalmente bons, da morte eterna. Você aprecia a amplitude da misericórdia de Deus? Você é grato por seu perdão?



7:49, 50 Os fariseus acreditavam que somente Deus poderia perdoar pecados, então eles se perguntaram por que este homem, Jesus, estava dizendo que os pecados da mulher foram perdoados. Eles não entenderam o fato de que Jesus é realmente Deus.
Bom dia povo de Deus...
Vamos a explicação de Lucas 8 e Lucas 9 (de ontem e de hoje)
Lucas 8
8:2, 3 Jesus elevou as mulheres da degradação e servidão à alegria da comunhão e do serviço. Na cultura judaica, as mulheres não deveriam aprender com os rabinos. Ao permitir que essas mulheres viajassem com ele, Jesus estava mostrando que todas as pessoas são iguais perante Deus. Essas mulheres apoiaram o ministério de Jesus com seu próprio dinheiro. Eles tinham uma grande dívida com ele porque ele expulsou demônios de alguns e curou outros.



Aqui temos um vislumbre de algumas pessoas nos bastidores do ministério de Jesus. O ministério dos que estão no primeiro plano é apoiado por aqueles cujo trabalho é menos visível, mas essencial. Ofereça seus recursos a Deus, esteja você no centro do palco ou não.



8:4 Jesus frequentemente comunicava a verdade espiritual por meio de histórias curtas (chamadas de parábolas). Essas histórias descrevem um objeto ou situação familiar e dão a ele uma reviravolta surpreendente. Ao ligar o conhecido ao oculto e forçar os ouvintes a pensar, as parábolas podem apontar para verdades espirituais. Uma parábola obriga os ouvintes a descobrirem a verdade por si mesmos e oculta a verdade daqueles que são preguiçosos ou estúpidos demais para entendê-la. Ao ler as parábolas de Jesus, devemos ter cuidado para não ler muito nelas. A maioria tem apenas um ponto e um significado.



8:5 Por que o fazendeiro permitiria que uma semente preciosa caísse na beira do caminho, nas rochas ou entre espinhos? Este não é um fazendeiro irresponsável espalhando sementes ao acaso. Ele está usando o método aceitável de semear um grande campo - lançando-o aos punhados enquanto caminha pelo campo. Seu objetivo é obter o máximo de sementes possível para criar raízes em solo bom, mas o desperdício é inevitável, pois algumas caem ou são jogadas em áreas menos produtivas. O fato de parte da semente não produzir safra não é culpa do agricultor fiel ou da semente. O rendimento depende da condição do solo onde a semente cai. É nossa responsabilidade espalhar a semente (a mensagem de Deus), mas não devemos desistir quando alguns de nossos esforços falham. Lembre-se de que nem todas as sementes caem em solo bom.



8:10 Por que as multidões não entenderam as palavras de Jesus? Talvez eles estivessem procurando um líder militar ou um Messias político e não conseguissem encaixar seu estilo de ensino gentil em sua ideia preconcebida. Talvez eles estivessem com medo da pressão dos líderes religiosos e não quisessem se aprofundar nas palavras de Jesus. Deus disse a Isaías que as pessoas ouviriam sem entender e assistiriam sem aprender nada (Isaías 6:9), e esse tipo de reação confrontou Jesus. A parábola dos quatro solos era uma imagem precisa da reação do povo ao resto de suas parábolas.



8:11-15 Pessoas do “lado do caminho”, como muitos dos líderes religiosos, se recusam a acreditar na mensagem de Deus. Pessoas de solo rochoso, como muitas na multidão que seguiram Jesus, acreditam em sua mensagem, mas nunca fazem nada a respeito. Os povos remendos, dominados pelas preocupações e pela sedução do materialismo, não deixam espaço para Deus em suas vidas. Pessoas de boa terra, em contraste com todos os outros grupos, seguem Jesus custe o que custar. Que tipo de solo você é?



8:16, 17 Quando a luz da verdade sobre Jesus nos ilumina, temos o dever de brilhar essa luz para ajudar outros. Nosso testemunho de Cristo deve ser público, não escondido. Não devemos guardar os benefícios apenas para nós, mas transmiti-los a outros. Para sermos úteis, precisamos estar bem posicionados. Busque oportunidades de brilhar sua luz quando os incrédulos precisarem de ajuda para ver.



8:18 Aplicar a Palavra de Deus nos ajuda a crescer. Este é um princípio de crescimento na vida física, mental e espiritual. Por exemplo, um músculo, quando exercitado, ficará mais forte, mas um músculo não utilizado ficará fraco e flácido. Se você não está ficando mais forte, está ficando mais fraco; é impossível você ficar parado. Como você está usando o que Deus lhe ensinou?
8:21 A verdadeira família de Jesus é composta por aqueles que ouvem e obedecem suas palavras. Ouvir sem obedecer não é suficiente. Assim como Jesus amou sua mãe (ver João 19:25-27), ele nos ama. Cristo nos oferece uma relação familiar íntima com ele (Romanos 8:14-16).



8:23 O Mar da Galileia (na verdade um grande lago) é até hoje palco de tempestades violentas, às vezes com ondas de até 6 metros. Os discípulos de Jesus não ficaram assustados sem motivo. Embora vários deles fossem pescadores experientes e soubessem como manejar um barco, o perigo era real.



8:23-25 ​​Quando apanhados nas tempestades da vida, é fácil pensar que Deus perdeu o controle e que estamos à mercê dos ventos do destino. Na realidade, Deus é soberano. Ele controla a história do mundo, bem como nosso destino pessoal. Assim como Jesus acalmou as ondas, ele pode acalmar quaisquer tempestades que você possa enfrentar.



8:26 O país dos gadarenos era uma região gentílica a sudeste do Mar da Galileia, local das Dez Cidades. Essas eram cidades gregas que não pertenciam a nenhum país e eram autônomas. Embora os judeus não tivessem criado porcos porque a religião judaica os rotulava de impuros, os gentios não tinham essa aversão.



8:27, 28 Esses demônios reconheceram Jesus e sua autoridade imediatamente. Eles sabiam quem era Jesus e o que seu grande poder poderia fazer por eles. Demônios, mensageiros de Satanás, são poderosos e destrutivos. Ainda ativos hoje, eles tentam distorcer e destruir o relacionamento das pessoas com Deus. Demônios e possessão demoníaca são reais. É vital que os crentes reconheçam o poder de Satanás e seus demônios, mas não devemos permitir que a curiosidade nos leve a nos envolver com forças demoníacas (Deuteronômio 18:10-12). Os demônios são impotentes contra aqueles que confiam em Jesus. Se resistirmos ao diabo, ele nos deixará em paz (Tiago 4:7).



8:29-31 Os demônios imploraram a Jesus para poupá-los do abismo, que também é mencionado em Apocalipse 9:1 e 20:1-3 como o local de confinamento para Satanás e seus mensageiros. Os demônios, é claro, sabiam tudo sobre esse local de confinamento e não queriam ir para lá.



8:30 O nome do demônio era Legião. Uma legião era a maior unidade do exército romano, tendo entre 3.000 e 6.000 soldados. O homem estava possuído não por um, mas por muitos demônios.



8:33 Por que Jesus simplesmente não destruiu esses demônios - ou os enviou para o abismo? Porque ainda não havia chegado o momento de tal trabalho. Ele curou muitas pessoas dos efeitos destrutivos da possessão demoníaca, mas ainda não destruiu os demônios. A mesma pergunta poderia ser feita hoje - por que Jesus não impede todo o mal no mundo? Sua hora para isso ainda não chegou. Mas isso vai acontecer. O livro do Apocalipse retrata a vitória futura de Jesus sobre Satanás, seus demônios e todo o mal.



8:33-37 Um homem havia sido libertado do poder de Satanás, mas as pessoas na cidade só pensavam em seu gado. As pessoas sempre tenderam a valorizar o ganho financeiro acima dos necessitados. Muitas injustiças e opressões, tanto em casa quanto no exterior, são o resultado direto do desejo de algum indivíduo ou empresa de enriquecer. As pessoas estão continuamente sendo sacrificadas ao deus do dinheiro. Não pense mais nos “porcos” do que nas pessoas.



8:38, 39 Frequentemente, Jesus pedia aos que ele curou que se calassem sobre a cura, mas ele pediu a esse homem que voltasse para sua família e contasse o que Deus havia feito por ele. Por quê? (1) Jesus sabia que o homem seria uma testemunha eficaz para aqueles que conheciam sua condição anterior e poderiam atestar a cura milagrosa. (2) Jesus queria expandir seu ministério introduzindo sua mensagem nesta área gentia. (3) Jesus sabia que os gentios, visto que não esperavam um Messias, não iriam desviar seu ministério tentando coroá-lo rei. (Na verdade, as pessoas desta região pediram que ele fosse embora.) Quando Deus tocar sua vida, não tenha medo de compartilhar os eventos maravilhosos com sua família e amigos.
2025/02/06 04:59:07
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